sexta-feira
terça-feira
sexta-feira
auto-análise
Eu sou Björk, sou Linch,
mais drama do que riso,
menos luxo e mais lixo.
Sou sujo de coração.
Danço Madona, danço Mika;
balanço Adriana. Não gosto
de ação mecânica,
mas gosto da laranja.
Pop brega,
livro de cabeceira
em cama sem ela
Caio, Caetano, Gabriela,
poemas e poetas,
vidas úmidas.
Na cena o melhor é anônimo.
O teatro não precisa de grandes homens.
Impacto camp
Amigos perto e distantes:
Almodóvar, Saura, Lorca.
Rio Grande, gente simples,
mas dentro... um labirinto.
mais drama do que riso,
menos luxo e mais lixo.
Sou sujo de coração.
Danço Madona, danço Mika;
balanço Adriana. Não gosto
de ação mecânica,
mas gosto da laranja.
Pop brega,
livro de cabeceira
em cama sem ela
Caio, Caetano, Gabriela,
poemas e poetas,
vidas úmidas.
Na cena o melhor é anônimo.
O teatro não precisa de grandes homens.
Impacto camp
Amigos perto e distantes:
Almodóvar, Saura, Lorca.
Rio Grande, gente simples,
mas dentro... um labirinto.
quarta-feira
segunda-feira
in process
e se cada um fosse universo
e nossos órgãos os planetas
a Via Láctea a buceta
buracos negros fossem cus
e se o sol engolisse feito boca
o homem é um universo
que pelo sol de tudo come
o lixo atômico é a salada
e tudo que vai ao cu vira nada
...
e nossos órgãos os planetas
a Via Láctea a buceta
buracos negros fossem cus
e se o sol engolisse feito boca
o homem é um universo
que pelo sol de tudo come
o lixo atômico é a salada
e tudo que vai ao cu vira nada
...
terça-feira
quarta-feira
segunda-feira
quarta-feira
segunda-feira
quinta-feira
sexta-feira
quarta-feira
terça-feira
segunda-feira
terça-feira
Pensei que talvez pudéssemos ser feliz. E, quem sabe, até, será? fe-li-zes. Me deu, meu deus, vontade de ir embora, mas uma vontade infinita de ficar pra ver quanto quando e porquê. Porque minha VONTADE é contar todos os teus pêlos. Sabê-los. Vertê-los até o fim de tudo. São um milhão, novecentos e quarenta e sete mil, quatrocentos e trinta e um cabelos. E trinta, digo, porque acabo de subtrair um debaixo do teu ventre. Penso: seremos felizes, apesar de toda perenidade que há por trás de tudo isso? É o que queremos? Queremo-nos? Seremo-nos? Serenos? Tranqüilos? Eternos. Passageiros, nós. Quero ser a casca do que há em ti. Até apodrecermos. E isso é tão bonito.
quarta-feira
Me vejo na vila
Sereno – girino
Na vala, me lavo
Menino
Me valho na tarde
Caminho cidade
De casas de palha e de lata
Passa o negrinho,
Passa a bicha se fazendo
de mulata
Borboleta rebolada,
Dar o cu pra gurizada,
Ardida urtiga,
Acabada e amarela
O fim da vila: a favela
(este poema integra um futuro livro que um dia será editado e chamar-se-á Poema Bicha, numa alusão ao Poema Sujo de Gullar)
Sereno – girino
Na vala, me lavo
Menino
Me valho na tarde
Caminho cidade
De casas de palha e de lata
Passa o negrinho,
Passa a bicha se fazendo
de mulata
Borboleta rebolada,
Dar o cu pra gurizada,
Ardida urtiga,
Acabada e amarela
O fim da vila: a favela
(este poema integra um futuro livro que um dia será editado e chamar-se-á Poema Bicha, numa alusão ao Poema Sujo de Gullar)
terça-feira
Vá nessa, Vanessa!
Das duas, uma. Ou eu não a vejo quase sempre ou eu a leio sempre que posso. Eu tenho um amigo que tem um blog. Logo, eu tenho um amigo. Assim é como eu vejo, entendo a Nessa. Talvez mais profundamente do que se nos víssemos todos os dias, porque ainda somos feitos de palavras escritas. As ditas são para psicanalistas. Eu tenho muito o que dizer, mas não tenho grana para pagar. A Nessa, equilibrada que só, talvez tenha com o que pagar, mas é... equilibrada! Por isso não tenho vergonha de dizer que sempre a invejei mesmo sabendo que nunca seria como ela: somos feitos de matérias-primas distintas. Nem chega a ser inveja, é mais uma admiração de algo que sempre me será (ser-me-á) impossível: alcançá-la e alcançar o que ela sente, o que não significa só senti-la. Enquanto isso, cintilo por aí. Pelas vias de concreto e a via de luz. Por umas, Lima e Silva, Leão XIII, por outra: http://diarionaooficial.blogspot.com/. Nessa(é) Nessa(ê) eu confio. Mas é tão difícil...
quinta-feira
quarta-feira
De repente você se vê quase nos trinta sem casa sem carro e sem ninguém. Sei, tem os amigos, mas amigos nunca se tem, só se empresta. Quer dizer, todas as possibilidades estão aí, mas não há aderência para que tudo seja posse. E o pior é que se fosse, o carro precisaria ser pago, a casa mantida e o amor renovado a cada dia: todas as manhãs, livrar-se do mau hálito. Todo bem que eu tenho é uma máquina fotográfica barata que registra meu fracasso. E a explicação me martela, vem e não vem, e lembro-me do Luciano me avisando que não abandonasse planos concretos por amor, que não é sólido. E fiz bem e mal por amor. Mais mal do que bem. Por quê? De uma violência para com os seus, esse menino, alguém comentaria. Quem eu deveria cuidar não cuido, com quem me desdenha eu faço festa. Onde ele está? Ninguém sabe. Ninguém sabe.
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