terça-feira

Vá nessa, Vanessa!

Das duas, uma. Ou eu não a vejo quase sempre ou eu a leio sempre que posso. Eu tenho um amigo que tem um blog. Logo, eu tenho um amigo. Assim é como eu vejo, entendo a Nessa. Talvez mais profundamente do que se nos víssemos todos os dias, porque ainda somos feitos de palavras escritas. As ditas são para psicanalistas. Eu tenho muito o que dizer, mas não tenho grana para pagar. A Nessa, equilibrada que só, talvez tenha com o que pagar, mas é... equilibrada! Por isso não tenho vergonha de dizer que sempre a invejei mesmo sabendo que nunca seria como ela: somos feitos de matérias-primas distintas. Nem chega a ser inveja, é mais uma admiração de algo que sempre me será (ser-me-á) impossível: alcançá-la e alcançar o que ela sente, o que não significa só senti-la. Enquanto isso, cintilo por aí. Pelas vias de concreto e a via de luz. Por umas, Lima e Silva, Leão XIII, por outra: http://diarionaooficial.blogspot.com/. Nessa(é) Nessa(ê) eu confio. Mas é tão difícil...

quarta-feira

De repente você se vê quase nos trinta sem casa sem carro e sem ninguém. Sei, tem os amigos, mas amigos nunca se tem, só se empresta. Quer dizer, todas as possibilidades estão aí, mas não há aderência para que tudo seja posse. E o pior é que se fosse, o carro precisaria ser pago, a casa mantida e o amor renovado a cada dia: todas as manhãs, livrar-se do mau hálito. Todo bem que eu tenho é uma máquina fotográfica barata que registra meu fracasso. E a explicação me martela, vem e não vem, e lembro-me do Luciano me avisando que não abandonasse planos concretos por amor, que não é sólido. E fiz bem e mal por amor. Mais mal do que bem. Por quê? De uma violência para com os seus, esse menino, alguém comentaria. Quem eu deveria cuidar não cuido, com quem me desdenha eu faço festa. Onde ele está? Ninguém sabe. Ninguém sabe.