quarta-feira

Lançamento! Nas melhores lojas de CD. Compre já o seu.

terça-feira


Quantas vezes tateei a fortaleza do teu pé na frágil página cinza da noite e só encontrei abismo?

segunda-feira

O estado da arte nasce úmido do estado cego do amor.

quinta-feira

Tudo isso me causa ansiedade e me leva ao desespero. Quanto mais eu penso em me entregar totalmente a você, tanto mais terror eu tenho do que seria de mim se esse teu amor ardente se apagasse.

Eu sei que vou te amar, Arnaldo Jabor

quarta-feira

Estúpido cupido mirou o coração e acertou o fígado.

terça-feira


Comprei um livro de poemas e não estavas nele. Nada entendi.
Passaram-se meses e de novo o abri.
Caíste, óbvio, de todas as páginas, como traça.
O livro continuava intacto. Já a minha couraça...


segunda-feira

Ser IN é ser OUT.

sábado

Rádio Relógio

http://br.video.yahoo.com/video/play?vid=1333519
Comercial que dirigi para o programa Rádio Relógio da Pop Rock. A ser veiculado na Ulbra TV.
Cinegrafista: Paulo Lyrio
Arte: Angelo Boose
Locução: Carlos Couto

sexta-feira

REDONDILHA


Não estou pensando nele
Não estou pensando nele
Não estou pensando nele
Não estou nele pensando
Nele mesmo penso estar
Ai, filho da puta! Volta
....

Não estou pensando nele
Não estou pensando nele
Não estou nele pensando

Na Egolândia

Nesses momentos sem vento os amigos sempre aparecem como se fossem Gremlins. Ainda bem que o Universo entende e delega ordens. Uns bebem, uns divertem, outros incomodam e outros - os que sabem - escrevem. Eis o que a Nessita me fez.

he is scorpio
o isra é o escorpiano que eu mais amo nesse mundo. sério. ele é brilhante, visceral, apaixonado, transfomador. todas as características de um escorpião pulsam nele. isso que o isra diz nem acreditar em astrologia. "Não acredito em horóscopo, só no meu signo." Sim, ele já me falou essa! Me poupe de tamanho desprendimento. mas cá estou eu espiando no msn - no offline, óbvio - e leio num dos contatos "Bem-vindo Inferno Astral". Quem? Oras, ele, é lógico. o Isra. Lembrando-me por que ando totally boring, com vontade de atirar em quem aparece na minha frente, subir a favela e deixar corpo no chão, como cantam os do bope. o pior é que não disfarço quando estou assim. talvez seja uma espécie de TPM astrológica, mas sem o impulso pelo chocolate. Aliás, não costumo ter TPM. mas esse período de Libra é fogo pro meu impulso escorpião.Ah, sim, o inferno astral é nosso. e dizem que acaba no pós aniversário. I hope so. Mas pior que o inferno astral é só o retorno de Saturno. o isra deve estar sofrendo as influências saturninas. um escorpiano lunático e genial com Saturno a cutucá-lo. não é à toa que ele é o meu Almodóvar. o isra é o próximo Caio Fernando Abreu. e ele sabe disso. mas ele é escorpiano, e tudo o que um escorpiano mais odeia é gente metida que se acha.

quinta-feira

Sempre pensei que prantos de amor fossem demais para nossa capacidade de compreensão.
Sempre pensei ‘por que todas as músicas falam a mesma coisa: você se foi, blá, blá, blá’.
Sempre pensei que a indústria do entretenimento fosse capaz de nos distrair a qualquer momento. Um Cascão hoje me dá asco.
Sempre pensei que bobagem ficar sem comer, absorto, por causa de alguém com tanta gente no mundo.
Pensando assim, pensei que sempre ficaria contigo.
Perdão a todos os abandonados que não ouvi,
Aos traídos com os quais não concordei,
A todos que choraram por amor e desdenhei.
Eu sempre pensei. Agora sei e ouço Fagner: se você vem comigo eu não choro mais.

quarta-feira

Queen Margaret, a Rainha Rancorosa


Que o verme da consciência te roa a alma;
que suspeites teus amigos de traição enquanto vivo fores;
e que tomes por teus íntimos amigos os maiores traidores;
que o sono jamais cerre esses teus olhos mortíferos
A não ser para que tormentosos sonhos te amedrontem
com seu inferno de hediondos demônios.
Richard III, Shakespeare

terça-feira

segunda-feira

toda segunda eu direi que te amo

para w.h.f.

Disse de si para si: não teria chiliques, não mandaria flores nem longas cartas de amor. Não pediria clemência, nem ajuda de ninguém. Não compraria presentes caros, nem o faria morrer de vergonha com um carro de mensagens bobas. Ficaria quieto, voltado para si, sofrendo sozinho. Porém, na primeira vez em que se reencontraram, perguntado, respondeu: estou bem, mas toda segunda eu direi que te amo, até que. E foi assim. Na primeira segunda-feira, disse que o amava em uma mensagem de telefone. Na segunda, mandou um torpedo pelo msn. Em outra, deixou um recado no orkut. Ligou para a ex-sogra e pediu que transmitisse o recado. Depois mandou um e-mail. Numa segunda-feira – estranhíssimo naqueles dias – enviou uma carta com selo e carteiro para o ex-namorado, que leu que alguém ainda o amava. Certa segunda, na madrugada, o recado ficou incompleto, mas perceptível na fachada do prédio da frente: ainda te a.... E a polícia chegou e ele passou o resto daquela segunda assinando papéis e sendo ameaçado e chamado de delinqüente. Na outra, estava lá, de novo, no prédio. Chamou o interfone e sussurrou eu ainda te amo. Em férias, viagens, sumiços, repetia a estratégia por meios eletrônicos e recados na recepção dos hotéis. Não falhou uma segunda. E também não deixou de amá-lo. Já não sabia se continuava apaixonado porque precisava provar a si que tanto empenho daria certo para tê-lo de volta, que fosse por apenas um dia – uma segunda? – ou porque o amava mesmo. Sempre discreto, ninguém poderia imaginar que ainda gostasse de alguém. Disse mil vezes em mil segundas-feiras que ainda amava, ao que o outro, depois de ter trocado número de telefone, endereço de email, encerrado a conta do orkut, enviado chantagens, perdido namorados, desesperado, na véspera de uma segunda, durante o Fantástico, aflito, acuado, temeroso em saber se receberia e como aquela mesma mensagem, desceu as escadas, caminhou pelas ruas vazias e bateu à porta dele. Não deixou que aquele inconseqüente falasse. Despejou toda a raiva concentrada de toda essa perseguição de eu te amos. Disse palavras rudes e pediu que não mandasse mais essas mensagens toda a segunda. Ele, porém, não respondeu nada, deixou que o outro terminasse, virasse as costas, fosse embora para pensar de si para si: não teria chiliques, não mandaria flores nem longas cartas de desculpa. Decidiu: a partir daquele momento, até que o outro entendesse, diria que ainda o amava todas as terças.
Brasil segundo Fausto Wolff:
"Um país onde todo mundo vê o mundo através de uma novela autocensurada dois mil e quinhentos anos depois de Sófocles ter escrito o original".