Me vejo na vila
Sereno – girino
Na vala, me lavo
Menino
Me valho na tarde
Caminho cidade
De casas de palha e de lata
Passa o negrinho,
Passa a bicha se fazendo
de mulata
Borboleta rebolada,
Dar o cu pra gurizada,
Ardida urtiga,
Acabada e amarela
O fim da vila: a favela
(este poema integra um futuro livro que um dia será editado e chamar-se-á Poema Bicha, numa alusão ao Poema Sujo de Gullar)
quarta-feira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário